sábado, 17 de novembro de 2007

Chefes de Estado da Opep debatem preço recorde do petróleo cru

Os chefes de Estado da Opep se reúnem neste sábado em Riad pela terceira vez desde 1960, com o cartel dividido sobre como enfrentar o enfraquecimento do dólar no momento em que o petróleo cru se aproxima do recorde histórico de US$ 100 o barril.

Durante dois dias, a cúpula reunirá líderes dos 13 países membros do cartel --incluindo o Equador, que volta oficialmente à organização neste fim de semana--, mas não discutirá um eventual aumento da produção para esfriar os preços, que subiram 50% desde o início do ano.

Um encontro ministerial da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), marcado para daqui a duas semanas em Abu Dhabi, terá como principal objetivo avaliar a necessidade de abrir as torneiras.

A maioria dos membros se mostra bastante reticente em relação a esta medida, por acreditar que o mercado já está bem abastecido e que a escalada de preços de deve à especulação, ao dólar fraco e a tensões geopolíticas.

Os ministros de Finanças, Relações Exteriores e Energia da Opep aprovaram na sexta-feira o esboço da declaração final da cúpula, da qual não consta, como desejavam Venezuela e Irã, referências ao meio ambiente, informou o secretário geral do cartel, Abdalá el Badri.

Briga entre torcidas deixa um gravemente ferido no Rio

Um homem ficou gravemente ferido durante uma briga entre torcedores do Vasco e do Flamengo na noite de sexta-feira (16). As torcidas, que iam a um jogo de basquete entre as duas equipes em Niterói (Grande Rio), se encontraram na rua Almirante Barros, centro do Rio.

As duas facções iniciaram uma briga e, de acordo com a PM (Polícia Militar), Germano Soares da Silva, 43, foi levado às pressas ao Hospital Municipal Souza Aguiar, vítima de socos e chutes. Segundo a PM, vários adolescentes se envolveram na briga.

Cerca de 60 integrantes das torcidas foram detidos e prestaram depoimentos na DPCA (Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente). A polícia está reunindo imagens das câmeras da região para o reconhecimento dos responsáveis pela agressão.

O jogo terminou com vitória do Vasco por 74 a 73 na prorrogação, mas também houve briga dentro da quadra. Já na prorrogação, faltando três minutos para o jogo terminar, Márcio Cipriano, do Vasco, deu uma cotovelada em Amiel, do Flamengo, e uma briga generalizada entre os jogadores teve início no meio da quadra. A PM teve que intervir e os árbitros abandonaram a partida, alegando falta de segurança.

Após mais de 20 minutos de paralisação, os árbitros se reuniram e decidiram continuar, com o placar marcando 67 a 64 para o Flamengo.

Renan renunciará em troca de apoio do PT

O presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), espera receber uma garantia do governo Lula de que os senadores petistas votarão em seu favor, na próxima quinta-feira, quando o plenário da Casa analisará o pedido de cassação do senador por quebra de decoro no caso de sociedade em rádios de Alagoas.

Tal apoio, de acordo com senadores próximos a Renan, deve ser costurado em duas etapas: a primeira, e mais imediata, é renunciar até quarta-feira ao cargo de presidente da Casa.

Conforme a Folha publicou ontem, o senador foi aconselhado por aliados a sair antes da votação que pode deixá-lo inelegível até 2019, quando terá 63 anos. O argumento é que, se deixar para renunciar no dia seguinte, acirraria os ânimos da oposição, receosa de que, livre da cassação, Renan possa voltar à presidência. O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-PI), um dos poucos que compareceram ontem ao Senado, avalia que tal antecipação seria um "gesto simpático".

CPMF

O segundo momento, e mais significativo para o governo, seria a promessa de que sua "tropa de choque" votaria a favor da CPMF. Isso porque, se cassado, Renan não teria muito esforço para conseguir levar ao menos seis senadores para o lado contrário à prorrogação, o que poderia por um fim definitivo a tal arrecadação.

Para o senador Pedro Simon (PMDB-RS), que afirma ser contra a CPMF, essas negociações mostram que o Senado não tem "mais nenhum compromisso com a sociedade e com a dignidade do país".

"Hoje em dia, só aprovam assim: Renan e o grupo dele apóiam a CPMF e, em troca, o governo garante a sua absolvição", disse Simon: "Lamentavelmente, alguns podem ter preço. Eu não tenho".

Além do caso Renan, o Planalto também deverá se deparar, na semana que vem, com outro problema: o mal-estar gerado com a substituição de Mozarildo Cavalcanti na CCJ do Senado poderá tirar o PTB da base do governo. Cavalcanti, que ontem se referiu à CPMF como 'imposto mentiroso", foi substituído com um suposto aval de sua bancada. "A senadora Ideli [Salvatti (PT-SC), líder do partido no Senado] me disse que havia conversado com todos os líderes, inclusive com o do meu partido. Mas depois me informaram que isso nunca aconteceu", disse.

A bancada do PTB deve se reunir na próxima terça-feira para discutir sua permanência na base. O encontro antecede reunião da cúpula do partido --encabeçada pelo ex-deputado Roberto Jefferson (RJ)-- marcada para o dia 28 deste mês, para debater a mesma questão.

Mãe etíope defende adoção de filha por Angelina Jolie

A mãe de um bebê etíope adotado pela atriz norte-americana Angelina Jolie negou neste sábado (17) que tenha tentado impedir a adoção, e disse que estava feliz que sua filha tenha encontrado o lar de uma estrela de Hollywood.

Em entrevista em sua pequena casa na cidade de Awasa, sul do país, Mentwabe Dawid rejeitou reportagens de jornais dos Estados Unidos e Europa esta semana, que afirmaram que ela queria o retorno de Zahara, 2, para a Etiópia.

Suas palavras foram distorcidas, disse ela, por "chamados jornalistas", que teriam conversado com ela e alegaram que trabalhavam para a atriz ganhadora do Oscar.

"Nunca criei disputas com a adoção", disse Mentwabe à Reuters. "Foi um erro. Foi algo que eu nunca disse".

Na quinta-feira (15), a agência etíope que organizou a adoção disse que ela era "legal e irrevogável" e que a avó de Zahara havia dito a um tribunal de Adis-Abeba que sua filha estava morta.