Novembro começa com comemoração de várias emancipações de cidades baianas, entre elas Simões Filho, Vitória da Conquista, Nazaré, Valença, Alcobaça, Acajutiba e Mortugaba. O município da região metropolitana, Simões Filho completa 46 anos de emancipação política, amanhã. Simões Filho surgiu em 1961 com o nome de Água Comprida, mas a localidade sempre esteve nos mapas da Bahia desde que o estado era uma capitania. De longe, o nome Simões Filho já fazia história, e os primeiros registros datam da época da colonização portuguesa. Seu atual nome é uma homenagem ao ex-ministro da Educação, Ernesto Simões Filho, fundador do jornal A Tarde.
A cidade viveu o grande ciclo da produção açucareira nos séculos XVI e XVII, a qual foi sua primeira contribuição à vida socioeconômica do estado. Hoje, integrado à região metropolitana de Salvador, Simões Filho amplia a sua participação na vida econômica e social da Bahia. Simões Filho é o segundo pólo industrial da Bahia, graças à infra-estrutura local que garante energia elétrica, abastecimento de água, disponibilidade de mão-de-obra especializada, fácil acesso aos fornecedores de matéria-prima e localização privilegiada que possibilita o escoamento ágil da produção para os mercados interno e externo.
VITÓRIA DA CONQUISTA
No dia 09, Vitória da Conquista completa 167 anos de sua emancipação político-administrativa. A cidade está localizada a 509 km de Salvador, a 921 metros de altitude. Em 31 de dezembro de 1943, por meio do Decreto Estadual nº141, a cidade ganhou, em definitivo, a denominação de Vitória da Conquista, em substituição à Imperial Vila da Vitória. A história de Conquista começa pelo próprio nome, numa alusão à vitória dos bandeirantes sobre os índios. Embora redundante, a denominação vem explicar que "a vitória da conquista" resultaria na construção de uma capela em louvor a Nossa Senhora das Vitórias - padroeira da cidade, conforme promessa do pioneiro. Com uma população estimada em cerca de 250 mil habitantes, o município apresenta uma diversidade de atrações, a começar pelo frio que, em determinadas épocas do ano, oscila e faz a temperatura ficar entre 5 e 10 graus.
Os 158 anos de emancipação do município de Nazaré serão lembrados no dia 10. Localizado no Recôncavo sul da Bahia, Nazaré tem atualmente cerca de 26 mil habitantes, mantendo divisas com os municípios de Jaguaripe, Aratuípe, Muniz Ferreira, Santo Antônio de Jesus e São Felipe. O pequeno povoado que deu origem ao atual centro urbano foi edificado no final do século XVI e começou em torno de uma capela erguida em um engenho de cana, dedicada a Nossa senhora de Nazaré. Com o seu desenvolvimento e a conseqüente mobilização em favor da autonomia administrativa, a Lei Provincial 368, assinada em 10 de novembro de 1849, concedeu a emancipação à localidade, que foi desmembrada da administração de Jaguaripe. A cidade se desenvolveu às margens do Rio Jaguaripe e mantém ainda as bases da atividade agropecuária, representada principalmente pelas culturas de mandioca, dendê, piaçava, coco, cana de açúcar e banana, ao lado da criação extensiva de gado de corte.
VALENÇA
Também no dia 10, Valença comemora 158 anos de emancipação política e administrativa, além dos 443 anos de criação da cidade. O município cresceu, tendo sua economia baseada inicialmente na fábrica de tecidos, além da produção de azeite de dendê e material de pesca. Atualmente, o município explora piaçava, coco, guaraná e cravo, além do crescente movimento da pesca e da atividade turística, que ganhou um novo impulso com a instalação do aeroporto, representando uma das principais fontes de renda da cidade. Valença possui também importantes estaleiros, onde são construídas escunas, saveiros para pesca e importantes embarcações para fora do País.
Dia 12 a cidade de Alcobaça estará completando 235 anos de sua emancipação política e administrativa. Como a maioria dos municípios do extremo sul da Bahia, este também tem as suas potencialidades turísticas, atraindo, dentro do seu limite, muitos visitantes, já que possui 18 quilômetros de praias, algumas ainda virgens, ideais para a pesca de arremesso ou para se apreciar o pôr do sol à beira-mar. À sua longa faixa litorânea de paias soma-se a beleza natural das lagoas, destacando-se as do Gaudêncio, do Amâncio e do Ganga. São Bernardo é o santo padroeiro do município e em sua homenagem, anualmente, em agosto, é realizada uma grande festa religiosa.
Localizada no litoral norte da Bahia, Acajutiba comemora no dia 28 de novembro, 55 anos de emancipação política. O município tem sua economia baseada na agricultura e pecuária, destacando-se, principalmente, o cultivo do coco da baía que em poucos anos tornou-se maior produtor no país, dispondo de uma área cultivada de 4.500 hectares. Devido a qualidade do solo, a água de coco produzida em Acajutiba é considerada de excelente paladar, pela maior concentração de açúcares, sendo muito disputada. Dia 30, Mortugaba, microrregião da Serra Geral, comemora 46 anos de emancipação política. Seu território faz fronteira com o norte de Minas Gerais e com os municípios baianos de Condeúba e Jacaraci. Tendo sido desmembrado em1961, sancionada pelo então governador Juracy Magalhães, a economia de Mortugaba tem como base atividades agropecuárias diversificadas, e inclui desde a criação de bovinos, suínos e eqüinos até plantios de feijão, milho, café e mandioca. Também explora a extração mineral. A denominação Mortugaba, de origem indígena significa Morada do Povo, incorporada anos depois, e motivo de muito bairrismo da população: "Aqui até os mortos gabam", costumam repetir os moradores, estimados em mais de 12 mil habitantes.