O quilo do feijão carioquinha está a R$ 7,80, por isto uma feijoada simples pode custar em torno de R$ 45. Com a elevação do preço do produto, famílias fazem uma acrobacia para substituí-lo na mesa, já que é rico em ferro, quem pode pagar está aderindo ao feijão preto que também não está tão barato, mas sai mais em conta, a R$ 4,00, o kg, e quem não tem condições coloca macarrão com arroz para reforçar o prato.
Nos mercados as reclamações são muitas em relação ao preço do produto, a exemplo da publicitária Débora Lima, 34 anos, que se encontrava em um supermercado na orla. “A gente reduziu o consumo e também substituímos por feijão preto. As crianças não podem ficar sem comer feijão. Ainda bem que podemos comprar, imagina outras famílias sem condições nenhuma”, desabafou.
De acordo com a aposentada Marília Chaves, 64 anos, mãe da publicitária, “embora se tente substituir o feijão por outros produtos como o cuscuz paulista, o que sei que muitas pessoas estão fazendo, não é a mesma coisa por causa do poder de nutrientes que só o feijão tem”, explicou.
Em um supermercado da Sete Portas, a merendeira Joselina Oliveira da Silva, 37 anos, conta que não há condições nenhuma de cozinhar feijão todo o dia como fazia antes para alimentar os quatro filhos de 16, 14 e 9. Isto está preocupando muito, pois os filhos estão em fase de crescimento.
“Não temos condições porque trabalho em uma escola e ganho o salário e meu marido um pouquinho mais, como zelador de prédio. Uma vez ou outra compro o mais barato, mas também gasta um gás tremendo porque demora a cozinhar. Tenho cozinhado arroz e macarrão, pelo menos enche a barriga”, confessou.
Além do preço alto do feijão, os ingredientes usados para se cozinhar uma boa feijoada, a exemplo das carnes e temperos, também não estão com preços camaradas, o que dificulta cada vez mais, as pessoas de baixa renda realizarem uma feijoada nos finais de semana em um encontro familiar. É costume baiano se cozinhar feijão diariamente com carnes salgadas ou defumadas, nem que seja o mínimo possível, mesmo assim sai em torno de R$ 20 os gastos porque somados ao quilo de feijão (mais ou menos para cinco ou seis pessoas), mais um pacote de carnes salgadas a R$ 11,76 (vendidas nos supermercados, onde vem um pedaço dos ingredientes principais como charque, bacon, salpresa, calabresa e outros) em um total de R$ 18, 82, mais os temperos pode chegar a R$20.
No entanto, uma feijoada com um quilo de feijão, foi avaliada pela cozinheira Maria de Lurdes Santana, a R$ 45. Lurdes que trabalha em uma casa de família, onde residem três pessoas, o casal e um filho, mas nos finais de semana há sempre convidados para o almoço, duas a três pessoas.
Ela conta o que costuma colocar no feijão e os preços dos ingredientes para se ter um cálculo dos gastos. Meio quilo de charque, a R$4,95 (R$9,90 kg); 2 calabresas, a R$ 3,61 (R$ 8,90 kg), 2 pés de porco a R$ 3,00 (R$ 8,70 kg); 1/4 bacon, a R$ 2,35; 1/4 costela defumada , a R$ 4,46 (R$ 18,65 KG); 1/4 salpresa R$2,42 (R$ 9,70 kg ), 1/4 barriga, a R$ 2,50 ( R$ 8,20 kg), 1/4 de costela salgada, a 2,95 ( R$ 10,90 kg) e 1/4 de carne verde de segunda R$ 1,90 (R$ 7,49 kg) e 1/4 de carne fumeiro, a 3,87 (R$ 15, 50 kg). Isto tudo dá um total de R$ 40,21 e mais os gastos em temperos e farinha pode chegar a R$ 45 .
A cozinheira explicou que, além destes ingredientes, ainda tem os temperos que também estão caríssimos, a exemplo do tomate, a R$ 1,70, o quilo, a cebola e o pimentão, a R$ 1,98, coentro , a R$0, 70, um feixe e a farinha a R$ 1,99, o quilo.
Os empresários de Felipe recusaram nesta segunda-feira uma proposta de renovação de contrato feita pela diretoria do Corinthians. A idéia era que o goleiro tivesse um acréscimo de 80% em seu salário, mas os agentes recusaram, alegando que Jean, goleiro reserva e encostado há mais de seis meses, ganha quase 50% a mais que o salário oferecido para o novo ídolo da Fiel.
