domingo, 4 de novembro de 2007

Reciclagem: cooperativas investem no diferencial

Quem vê os brincos, pulseiras, colares, anéis, chaveiros, pufs, poltronas e até camas produzidos pelas cooperativas baianas não imagina o processo de produção pelo qual passaram até chegar ao formato final. Muitos destes acessórios e móveis são feitos a partir da reciclagem de garrafas pet, responsável pela embalagem de mais de 60% do refrigerante consumido no Brasil. Em Salvador, duas cooperativas, pelo menos, se dedicam a agregar valor ao plástico.

Na Bahia, cooperativas como a Camapet e a Novo de Novo se dedicam ao trabalho. A Novo de Novo produz pufs e poltronas há um ano. O material utilizado na fabricação dos móveis é comprado na mão de catadores por R$ 0,60 o quilo. Depois, as garrafas são lavadas, empilhadas e transformam-se em peças bastante originais, que são vendidas entre R$ 50,00 e R$ 150,00.

O trabalho é realizado de segunda a sexta. A fabricação de cada peça leva, em média, de 20 a 60 minutos. Tudo começa com a higienização da garrafa, quando é retirado o rótulo e lavada a embalagem. Depois, a garrafa passa pelo equipamento de filetada, onde é cortada em tiras para, na seqüência, ser enrolada em um perfil, que dá forma ao material.

A depender da peça, ela pode ganhar miçangas ou outro tipo de adorno. O resultado são bijuterias originais e diferentes, que carregam a vantagem de colaborar com a preservação do meio ambiente, já que evitam que os plásticos sejam jogados de forma aleatória na natureza. As peças, normalmente, são comercializadas por preços que variam de R$ 3,00 a R$ 15,00.

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