O laudo do Instituto de Criminalista Carlos Éboli sobre a morte das irmãs Kawai e Keilua Baisotti, de 12 e 6 anos, no apart-hotel Barra Beach, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, confirmou nesta segunda-feira (12) que obras na cobertura do edifício provocaram a concentração de gases no banheiro onde as meninas sofreram intoxicação.
O problema já tinha sido constatado em outubro, numa análise feita pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), contratada pela CEG. Na época das alterações no apartamento, o imóvel pertencia ao apresentador Gugu Liberato.
Segundo os peritos, as obras na cobertura do prédio, feitas há cinco anos, prejudicaram a ventilação em parte do edifício. Em alguns apartamentos foram constatados que chaminés coletivas, chamadas de prismas, eram ligadas aos aquecedores dos banheiros. Através delas, de acordo com o laudo, era escoado o monóxido de carbono produzido na queima do gás natural.
A perícia afirmou que um encanamento que termina na cobertura foi cortado durante as obras e depois coberto com um telhado. Os policiais esperaram três meses pelo resultado final do trabalho dos peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli.
Os engenheiros responsáveis pela obra reconheceram, em depoimento, que construíram o telhado porque não imaginaram que os tubos fossem ligados aos banheiros. Para eles, a tubulação pertencia ao sistema de esgoto.
O delegado que comandou as investigações decidiu indiciar os três engenheiros responsáveis pela obra. Eles deverão responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O administrador do apartamento onde as meninas foram intoxicadas já tinha sido indiciado pelo mesmo crime.
Defesa contesta resultado
Apesar do depoimento divulgado pela polícia, o advogado dos engenheiros afirma que as obras na cobertura foram feitas antes da reforma realizada por seus clientes. O administrador do apartamento onde as irmãs foram intoxicadas também vai ser indiciado, por não ter feito reformas depois que o primeiro inquilino passou mal. Ele não foi localizado para responder sobre a acusação.
Apesar do depoimento divulgado pela polícia, o advogado dos engenheiros afirma que as obras na cobertura foram feitas antes da reforma realizada por seus clientes. O administrador do apartamento onde as irmãs foram intoxicadas também vai ser indiciado, por não ter feito reformas depois que o primeiro inquilino passou mal. Ele não foi localizado para responder sobre a acusação.
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