segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Oeste da Bahia comemora anúncio de construção de ferrovia

Produtores familiares, empresários do agronegócio e comerciantes do oeste da Bahia ainda estão comemorando o anúncio da construção da Ferrovia Oeste/Leste, feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 29 de outubro deste ano.

Olival Feliciano de Assis, 61 anos, é um dos 70 mil pequenos agricultores da região, e Humberto Santa Cruz é um dos 2 mil empresários do agronegócio e presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). Eles acreditam que a obra vai proporcionar desenvolvimento não só para o oeste baiano, como para todo o estado.

“Para nós, vai melhorar, em todos os sentidos, aqui em Luís Eduardo Magalhães. Vamos poder nos associar para vender nossos produtos até para exportação, o que hoje é impossível”, disse Olival. Ele afirmou que, como haverá mais dinheiro circulando, até mesmo nas feiras da região será mais fácil vender sua produção de cebola, milho e outras pequenas culturas.

Humberto lembrou que o oeste da Bahia possui cerca de 1,6 milhão de hectares plantados e uma cadeia produtiva diversificada. “Temos potencial de crescimento para dobrar essa área, mas é preciso uma logística eficiente”, explicou.

Ele disse que, nesse sentido, a definição do modal ferroviário é uma segurança para o crescimento. “Apenas o anúncio do projeto já movimentou todo o mercado de terras e começa a afetar o pólo industrial, que será duplicado”, informou.

Destacou que o oeste vai deixar de ser só de produção primária, entrando também na industrialização. “Já temos hoje mais de 30 mil pessoas trabalhando aqui diretamente. Esse número, com certeza, vai duplicar e a ferrovia será um fator determinante nesse crescimento”, apontou.

O empresário declarou ainda que os produtores querem participar e investir na implantação e na gestão da ferrovia. “Isso vai permitir que tenhamos uma participação no transporte do nosso produto até o porto e na comercialização e exportação de uma maneira independente. Vamos fazer com que os preços da nossa produção atinjam um patamar diferenciado e mais competitivo”, ressaltou.

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