As cerca de 16 toneladas de queijo mussarela apreendidas pela Polícia Federal no final do mês passado em Uberaba (MG) sumiram do galpão onde foram encontradas e eram mantidas.
O queijo era impróprio para consumo (tinha data de validade vencida, mofo e até cacos de vidro) e iria ser descartado logo que autorizado pela Justiça.
O lacre do depósito foi rompido e as portas foram arrombadas, conforme constataram agentes da Vigilância Sanitária de Uberaba que foram ontem ao local para nova inspeção.
A PF abriu inquérito para investigar o sumiço dos queijos. Segundo a polícia, o dono do depósito era o fiel depositário do produto apreendido. Foi solicitado a realização de perícia no local do desaparecimento.
A suspeita da PF é que todo o produto apreendido seria acondicionado em embalagens de sete marcas diferentes, três com carimbos da inspeção federal, e vendido no mercado paulista, principalmente, com nova data de validade da mussarela.
O queijo vinha de seis laticínios de Goiás, conforme depoimento de um funcionário do galpão que está colaborando com a polícia nas investigações.
O dono da mussarela, Leonardo Alves de Lima, que, pelo seu advogado, sempre negou a suspeita levantada pela PF, se apresentou nesta semana à polícia, mas se negou a dar informações. Deixou a delegacia indiciado.
Outras três pessoas também foram indiciadas sob suspeita de formação de quadrilha, falsificação de selo, crime contra a ordem tributária e falsa afirmação sobre produtos e serviços ao consumidor.
A Folha não conseguiu localizar no final da tarde de ontem o advogado Antônio Alberto da Silva, que trabalha para Lima. Recado foi deixado em seu celular, mas não houve resposta até o fechamento desta edição.
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