Os recifes de corais do Caribe correm o risco de se transformar em um novo tipo de ecossistema, dominado não pelos corais, mas pelas algas. O alerta foi feito nesta semana por ecologistas britânicos e americanos.
A pesquisa destaca os contratempos sofridos pelas estruturas de corais nas últimas décadas.
Os pesquisadores, liderados por Peter J. Mumby, construíram um modelo matemático para analisar os efeitos sobre os recifes de coral de uma série de eventos ocorridos desde os anos 80.
Cada um deles teve um efeito devastador sobre esses ecossistemas. O primeiro abalo veio com a passagem do furacão Allen, em 1980.
Pouco depois, em 1983, os corais sofreram as conseqüências da mortandade em massa da espécie herbívora Diadema antillarum. Estes ouriços se alimentam de algas, por isso seu desaparecimento deixou os recifes sem um meio de controle da quantidade dessas espécies.
As algas conseguiram se reproduzir em excesso, tirando o espaço de desenvolvimento e crescimento para os recifes. Houve também o impacto do furacão Gilbert, que castigou o Caribe em 1988.
Segundo os especialistas, a combinação de fatores deixou os recifes de corais vulneráveis diante da invasão de algas.
Essa análise pode oferecer estratégias para recuperar os ecossistemas de recifes, talvez incentivando o aumento das povoações de peixes-papagaios, que também se alimentam de algas que crescem nos recifes.
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