terça-feira, 20 de novembro de 2007

Catadores de materiais recicláveis sofrem com a falta de recursos

Antes de o dia amanhecer eles já estão nas ruas virando as lixeiras da cidade para encontrar matérias recicláveis, que depois de vendidos se tornarão o sustento de toda sua família. O dia-a-dia dos catadores não é fácil e além de passarem por toda esta dificuldade, eles são obrigados a enfrentar mais um problema: a falta de recursos e apoio dos governantes.

Segundo o presidente da Cooperativa Camapet, Joilson Santos Santana, a Prefeitura Municipal de Salvador não tem repassado as verbas necessárias para a manutenção destas entidades, que serviria também de incentivo aos catadores. "Desenvolvemos uma atividade que é de responsabilidade da administração municipal e mesmo assim eles viram as costas para os catadores, nos ignoram", revolta-se.

Ainda de acordo com Santana o município de Salvador perdeu os recursos do PAC Resíduos, que previa R$ 4,8 bilhões para 12 regiões metropolitanas do país que tratam de resíduos sólidos, entre elas estava a capital baiana. Ele explica que em abril uma comissão do Ministério das Cidades esteve em Salvador garantindo os recursos, mas de repente as negociações pararam. "A prefeitura nega em explicar o que aconteceu. Este recurso seria muito importante para todos nós para darmos mais dinamismo a atividade, adequar os galpões e adquirir equipamentos. Contávamos com este recurso, mas agora já não sabemos de mais nada e ninguém tem a dignidade de nos explicar".

Para saber mais explicações sobre o destino do PAC Resíduos e exigir que a Prefeitura Municipal assuma sua responsabilidade com os catadores e as cooperativas, a categoria participará amanhã (21), às 9 horas, da primeira audiência pública sobre Plano Básico de Manejo de Resíduos Sólidos e Limpeza Urbana para o município de Salvador, que será realizada no auditório da SESP, localizada na Baixa dos Sapateiros.

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