O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), está confiante de que a matéria que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011 não seja aprovada em dois turnos ainda este ano. O tucano diz, inclusive, que fará o que for possível para impedir o "bom andamento" de todo o processo na Casa.
Virgílio acredita que a previsão do presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), de votar em primeiro turno a proposta de emenda à Constituição já no dia 14 de dezembro, só se concretizará se não ocorrer nenhum empecilho. E o tucano mandou o recado: vai criar dificuldades.
"Eu estou confiante de que não dá tempo. A previsão do dia 14 é apenas se sair tudo certinho para eles (governo). Já com algum tipo de complicação tudo fica diferente. E já aviso que a gente quer debater tudo exaustivamente", afirmou Virgílio.
O líder também diz que o recesso parlamentar vai ser menor este ano. Há grande possibilidade de o presidente da Casa cortar parte das férias dos senadores para conseguir aprovar os dois turnos da CPMF ainda este ano.
Do outro lado, o líder do PMDB, Valdir Raupp (RO), admite que o tempo é curto e que a votação vai ser apertada, mas acredita que ainda é possível aprovar a prorrogação da contribuição em dois turnos. Ele sabe, no entanto, que para conseguir isso a base tem que estar unida.
"Dá para votar, ainda é possível, acredito que há tempo. Temos três coisas grandes para votar esse ano: Renan (o processo de cassação do presidente licenciado, Renan Calheiros), a CPMF e o orçamento. Para isso o governo tem que estar unido e colocar a base para votar junta. Porque sabemos que se depender da oposição não votamos mais nada este ano", disse.
Uma das cartadas da oposição será colocada à prova ainda hoje, quando promete obstruir a pauta de votações do Plenário do Senado para impedir a abertura de prazo para a CPMF.
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