terça-feira, 20 de novembro de 2007

Prefeito é indiciado por nepotismo no Tocantins

O prefeito Zé Adenar, da cidade de Palmeiras no Tocantins, há 500 km de Palmas, foi indiciado pela prática do nepotismo. No múnicípio de apenas 4,6 mil moradores, a mulher, a filha, o genro, a nora e o cunhado ocupam cinco das seis cadeiras das secretarias locais.

Para o presidente do PT de Tocantinópolis, Giovani Moura Rodrigues, o caso tem que ser estudado. "Eu defendo uma apuração urgente do caso e se ficar configurarada a denúncia, o prefeito tem que ser expulso. Isso fere os principios éticos do Partido dos Trabalhadores".

Em Palmeiras do Tocantins, os problemas no PT começaram depois da realização de um concurso público, onde 830 pessoas concorreram a 127 vagas, que dariam salários de R$ 380,00 a R$ 1,2 mil.

A polêmica ocorreu após a divulgação dos classificados no concurso. Vinte nomes estão ligados a prefeitos e vereadores aliados do governo, além de familiares de Zé Adenar, como a primeira dama da cidade, Rosenir Angeline de Sousa, e a filha e secretária de gabinete, Maria dos Reis de Sousa Cunha.

"Na realidade, o que leva a crer é que o concurso foi uma forma de legalizar o nepotismo que existe na prefeitura. A ação foi protocolada pelo professor Raimundo Neto e a gente espera que seja legalizada a situação, no sentido em que o concurso seja anulado e realizado com mais transparência", afirmou o verador Francisco Noleto Junior, do PSB.

O concurso público foi realizado pela Consuder, que supostamente faria parte do esquema. A empresa teria divulgado o gabarito oficial para a comissão julgadora um dia antes da avaliação. A prova teria ainda, marcas que dariam a entender as questões que deveriam ser assinaladas corretamente.

A acusação foi desmentida por Júlia Borges, diretora e proprietária da Consuder. "O concurso foi feito dentro de toda a legalidade. Houve todos os prazos para o recurso, deste o lançamento do edital, realização da prova e publicação do resultado. Os recusros foram julgados. Essas questões de parentes do prefeito eu não tenho conhecimento. As pessoas tiveram tempo para recorrer, houve um prazo de dois dias. Com relação a entrega do gabarito, antes da prova, é mentira. Quem levou o gabarito na prefeitura foi eu. O gabarito oficial, só temos, após a realização da prova. Isso é infundável", afirmou.

A reportagem entrou em contato com a prefeitura de Palmeiras do Tocantins, mas não conseguiu falar com o prefeito Zé Adenar.

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