Um produto natural colocado no formigueiro provoca problemas nas articulações das saúvas e isso impede que elas devastem culturas. Uma das vantagens deste método é que ele não elimina todas as formigas, conhecidas pela voracidade, mas mantém o controle da população. Este é um dos produtos desenvolvidos pela empresa carioca Agribio – Defensivos Alternativos. "O princípio é usar os elementos da própria natureza para resolver o problema sem prejudicar o equilíbrio do ecossistema", explica a agrônoma Kátia Simone Conteiro Castilho.
O desenvolvimento e comercialização das fórmulas de inseticidas, fungicidas, bactericidas e fertilizantes são inéditos no Rio de Janeiro. O Estado tem uma produção expressiva de produtos orgânicos, mas apesar disso todos os defensivos têm que ser comprados em São Paulo.
Para ocupar espaço neste mercado de demanda crescente, que Kátia e o irmão dela, o biólogo, Alzimiro Marcelo Conteiro Castilho, decidiram apostar nessa idéia. "Somos a única empresa carioca a desenvolver este tipo de trabalho", ressalta. A empresa também presta consultoria e trabalha na conversão da agricultura convencional para orgânica.
Em agosto deste ano, a Agribio foi aceita na Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro (Redetec), que reúne universidades e centros de pesquisa e que conta com apoio do Sebrae fluminense e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Como empresa incubada, a Agribio tem uma série de vantagens fundamentais para quem está começando, ressalta a agrônoma Katia. "O acesso aos laboratórios facilita muito nosso trabalho, tanto para desenvolver quando para comprovar cientificamente a eficácia das nossas fórmulas. Outra vantagem é a orientação para formalizar o negócio. Seria um processo muito mais complicado se tivéssemos que cuidar de tudo sozinhos".
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