O senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) sinalizou hoje que pode abrir mão da disputa interna do PMDB pela presidência do PMDB em nome da candidatura de José Sarney (PMDB-AL). Pelo menos cinco nomes do PMDB disputam a presidência. Por fora, corre a candidatura extra-oficial de Sarney --que tem o apoio do Planalto.
"Eu posso até desistir pelo que a candidatura dele [José Sarney] representa, desestabilizando o quadro. Não é só apreço ao nome dele. É uma questão matemática. Mas eu continuo acreditando na palavra dele que não vai ser candidato", disse hoje Garibaldi.
Os peemedebistas se reúnem amanhã para realizar uma eleição interna para escolher o nome que o partido vai indicar para suceder Renan Calheiros (PMDB-AL), que renunciou ao cargo depois de ser envolvido em uma série de denúncias. A eleição ocorre na quarta-feira.
Além de Garibaldi, lançaram suas candidaturas os peemedebistas Valter Pereira (MS) e Neuto de Conto (SC), Leomar Quintanilha (TO) e Pedro Simon (RS).
Antes de admitir que poderia abrir mão de sua candidatura, Garibaldi afirmou que outros poderiam desistir da disputa interna no PMDB. "Daqui para amanhã o quadro pode se modificar. O importante é que partido possa sair com um candidato legitimado por disputa ou consenso", afirmou Garibaldi.
Oposição
Paralelamente, a oposição ameaça lançar candidatos caso o PMDB defina por um nome que não satisfaça o PSDB e o DEM. Pelos tucanos, o nome escolhido seria o do líder da bancada, Arthur Virgílio (AM). Já os democratas apontam como virtual candidata a senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN).
Para Garibaldi, as ameaças da oposição não vão se concretizar. "Prefiro encarar [as virtuais candidaturas] como parte do quadro de efervescência, mas não que a oposição vai quebrar o quadro da proporcionalidade."
Pela tradição, o maior partido do Senado --no caso o PMDB, com 20 senadores-- tem direito de indicar o candidato à presidência. Mas o regimento interno não impede que outros partidos também apontem opções.
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